quinta-feira, 13 de setembro de 2012

“Cotas ou ‘Não Cotas’? Eis a questão”

Não podemos ignorar, mesmo que o governo se recuse a prestar atenção, a educação brasileira, principalmente o ensino superior, anda ganhando espaço nas em diversos debates “Brasil a dentro”. Queria abrir esse espaço para opinar sobre um tema, polemico, que rendeu algumas debates acalorados durante algumas semanas: A nova lei das cotas para as universidades publicas. Para quem não sabe ou não viu, o governo pretende colocar 50% das vagas das universidades públicas para alunos da rede de ensino público.
Há uma semana atrás eu estava lendo uma coluna, intitulada “O suicídio assistido das universidades federais e o boletim colorido da educação básica”, escrita por Gustavo Loschpe falando sobre os dois lados dessa nova lei e um panorama sobre os novos números do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) no Brasil, este último tópico irei deixar para discutir em uma futura publicação :P. Segundo o autor existem bons argumentos favoráveis e contrários à concessão de cotas a alunos da rede pública de ensino. Os favoráveis falam em “aumento do acesso de estudantes de baixa renda à universidade”, isso faria com que pais de classe média alta tirem sues filhos de escolas particulares e os matriculem em escolas públicas, melhorando, possivelmente, a qualidade do ensino público e favorecendo a igualdade do ensino (público e privado). Em minha opinião, veríamos uma evolução do ensino público e como consequência, no futuro, o fim das cotas nas universidades, pois a diferença entre a rede pública e privada, hoje gritante em algumas localidades, deixaria de ser tão grande.

 Porém há aqueles que são contra as cotas. Segundo Gustavo, há aqueles que dizem que “A chegada de alunos despreparados às universidades federais poderia ameaçar sua qualidade, acabando com boa parte da pouca pesquisa que o país produz”. Essa visão é um “POUCÃO” egoísta. Como é que existem pessoas que podem se achar melhores do que outras por causa de dinheiro?! Eu sei que isso não é regra, mas grande parte dos discentes do ensino público está lá porque não possuem renda suficiente para pagar uma escola particular. Então se estão dizendo que o maior acesso de discentes de escola pública vai prejudicar a produção universitária é duvidar da capacidade dos mesmos.

 Eu estudei em escola particular a minha vida inteira, até 2009 nunca tinha tido acesso ao ensino público, mas foi na universidade que conheci  pessoas com histórias de vida incríveis, extremamente competentes e, o melhor de tudo, ESTUDARM EM ESCOLA PÚBLICA. Não estou aqui para julgar ninguém, mas acredito que o que o governo quer é usar o avanço do ensino público ao seu favor, quer dar acesso a pessoas com potenciais incríveis a universidades incríveis e, quando o ensino público estiver um patamar melhor, retirar esse incentivo. Prefiro acreditar que o novo sistema de Cotas seja um incentivo para que o sistema publico de ensino se desenvolva e retire o “Monopólio de Entrada nas Universidades” das escolas particulares. Ai, você pergunta: “Então Samuel é a favor?” A resposta é sim, se essa lei funcionar para desenvolver a educação do país. Eu acredito que o Brasil só vai ser uma grande nação quando começarmos a parar de pensar no agora e pensar no futuro e só existe uma palavra para descrever esse “futuro”; EDUCAÇÃO

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